Diariamente a universitária de direito Angélica Bonfim via motorista de ônibus urinar em frente a sua casa, na Via Light, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Ela e sua mãe tentaram por diversas vezes pedir para que os motoristas não fizessem suas necessidades fisiológicas na porta de sua casa, mas de nada adiantava.
“Faz tempo que os motoristas elegeram meu portão para urinar, o cheiro está horrível, quando pedimos para ele parar, acabam nos xingando e ameaçando”, conta Angélica.
Como isso estava se tornando insuportável, ela procurou o 52º DP de Nova Iguaçu, mas não quiseram registrar a queixa, pois disseram que urinar na rua não é crime, então ela passou a fotografar tudo.
A assessoria da Polícia Civil informou ao jornal EXTRA, que o delegado titular da 52ª DP, Júlio da Silva Filho, desconhece a falta de atendimento e pediu que Angélica volte à delegacia. Ele disse que urinar em via pública é crime e o fato deve ser investigado.
Mas Angélica, então resolveu juntar essas provas e procurar a justiça, entrando com ação contra a Viação Nossa Senhora da Penha, e ela ganhou em primeira instância foi condenada pela Justiça a pagar R$ 5 mil por danos morais e mais R$ 1 mil a cada reincidência. A luta de Angélica continua contra a Viação São José, Nilopolitana, Master, Rio Minho e Evanil.
Procurada, a Viação Nossa Senhora da Penha alegou que o responsável não estava na empresa. A Evanil informou que desconhece a reclamação e que vai esperar a decisão da Justiça. Já a Master disse que a empresa não responde pelos atos criminosos dos funcionários e que já encaminhou o processo para o motorista responder sozinho. A Viação São José e a Rio Minho não responderam a solicitação. A Nilopolitana não foi encontrada para comentar o caso.
Créditos: EXTRA