Uma peça baseada no livro de Joaquim Ferreira do Santos, “1958 – O ano que não devia terminar” é comédia musical que mostra os destaques de 1958, como o lançamento de “Chega de Saudade”, a vitória na Copa do Mundo e outros grandes momentos!
Foi tudo tão intenso no Brasil daqueles 365 dias que o livro feito para contar essa história ganhou o seguinte título: Feliz 1958 – O ano que não devia terminar. E não terminou. O livro do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, best-seller no final da década de 1990, inspirou a essa comédia musical “1958 – A Bossa do Mundo é Nossa!”, dirigido por André Paes Leme. A realização é da Sarau Agência, de Andréa Alves, e da AVeiga, da atriz Andrea Veiga, que integra o elenco de seis atores, ao lado de Bianca Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Mateus Lima.
O livro, lançado em 1997, já não se preocupava com a cronologia e era dividido por temas, como “Misses”, “As certinhas do Lalau” e “As dez mais elegantes”, para ficar só nos capítulos dedicados à beleza feminina. André espalhou os assuntos por seis ciclos, que são balizados pelos sete gols da final da Copa do Mundo, a primeira vencida pelo Brasil (5 a 2 contra a anfitriã Suécia) e que nos afastou do que Nelson Rodrigues chamava de “complexo de vira-latas” – consequência da derrota no Maracanã, oito anos antes, para o Uruguai.
Em 1958, João Gilberto lançou o compacto de “Chega de saudade”; Adalgisa Colombo foi eleita Miss Brasil e ficou em segundo lugar no concurso de Miss Universo; as obras da nova capital do país avançaram com rapidez no planalto central; João XXIII sagrou-se Papa; e James Dean deu as cartas no imaginário dos garotões, que às vezes se perdiam, como no caso dos dois que se envolveram na morte da jovem Aída Curi, que se jogou ou foi jogada do terraço de um prédio em Copacabana.
Tudo isso é envolto, na encenação, em referências da época como os jingles publicitários (Toddy, Casas Pernambucanas, colírio Moura Brasil e outros), as peças marcantes (“Os sete gatinhos”, de Nelson Rodrigues, e “Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarnieri), as vedetes do teatro de revista e, também, em objetos como rádio, TV, telefone, enceradeira e máquina de escrever.
André optou por utilizar pouco texto e muitos recursos gestuais e visuais, evitando assim o didatismo. Mas as histórias de 1958 estão no palco, costuradas por personagens como uma dona de casa, uma fã de auditório de rádio e uma cantora de boate.
SERVIÇO
Temporada: até 22 de dezembro de 2013
Local: Teatro Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema)
Informações: (21) 2267-4307
Horários: sexta e sábado, às 21h, domingo, às 20h
Ingresso: R$ 40,00
Capacidade: 245 lugares
Bilheteria: terça a sexta, das 16h às 21h, sábado, das 15h às 21h, domingo, das 15h às 20h
Duração: 80 minutos
Gênero: comédia musical
Classificação: 12 anos