A startup que oferece cartões de crédito sem taxa, que os seus usuários podem administrar suas contas pelo aplicativo pode estar com os dias contados, pois bem, o Banco Central deve impor novas regras e que pode atrapalhar as finanças da NuBank.

Esse pacote é uma ação do governo para tentar reaquecer a economia, e o que mais preocupa a startup que mais cresceu no país é o prazo para repassar o dinheiro para os lojistas, passando de 30 para 2 dias.

Hoje acontece desse modo, a operadora de cartão tem até 30 dias para repassar o dinheiro, pois recebe o pagamento das faturas em um prazo médio de 26 dias. No caso da NuBank, que já tem mais de um milhão de cartões emitidos desde 2014, tem seu faturamento através da parte do dinheiro usado nesse repasse, cerca de 5%, que ainda é dividida com as bandeiras (Cielo, Mastercard e Visa).

“Atualmente, um cliente que usa o cartão pagará a fatura, em média, 26 dias depois. Assim, o Nubank, como emissor, receberá o dinheiro apenas após este prazo. Com o dinheiro, pagamos o adquirente (operador do cartão), que leva mais dois ou três dias para pagar o varejista. Isso dá o prazo de 30 dias”, afirma Cristina, que descreve a possível mudança como “apocalíptica”.

A Nubank ainda disse que tentou fazer os testes internos para saber se teria fôlego, mas mesmo com meio mês não seria o suficiente para bancar esse desgaste financeiro.

“Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$ 1 bilhão de capital adicional do dia para a noite”, decreta.